e à vontade de ser seguida...

a vontade de ser seguida... é por isso que volto. porque sei que algures alguém retoma a pensar: «o que será feito?»
Dou notícias do alto do precipício de onde me encontro feliz por vos contemplar.
Cá estou.
Continuo a existir, existindo, neste mesmo ar de mar de ideias por onde sempre tenho coexistido.
Brinco ainda mais apesar de continuar a ser a mesma. E é por isso que não o escrevo.
Sinto-vos farta de ser a mesma. Sinto-me farta de não vos conseguir supreender. A mim própria não o faço. Mas ainda assim, acho que vou conseguir. Espero, sinceramente.
Talvez não hoje nem agora, apesar de, ainda assim como sou, sentir-me diferente. Tão diferente.
Penso e repenso na pessoa que partilho ser e ainda assim, sendo eu mesma, velo-me de dizer o que quero, com medo que alguém vá compreender querendo, mesmo assim, ser entendida.
É tão confuso ser-se-eu mesma e ter medo de ser vista...
Esperava ser, à prova de bala, e não sou.
Misturo-me na bruma que se dissolveu e deu lugar a um dia de sol de verão para logo a seguir cair como fúria de neve. E ainda assim, nem assim sou toda-eu.
Se eu conseguisse dizer como penso as palavras ganhariam mesmo um novo sentido e deixariam de ser as ambíguas loucuras com quais me posso deitar.
É algo novo e velho que me sai sem me satisfazer.



11-maio-2012
«Torna-te aquilo que és.»
Friedrich Nietzsche