Boom!


pensam que será tão simples como destruir-me.

mas eu continuarei vivo.


se me arrancarem os dedos falarei por palavras.

se me tirarem a voz falarei por sinais e se, mesmo sem sinais, me quiserem parar terão que se matar.
não tenho corpo nem alma, mas existo bem mais do que tu...

porque eu, fechado dentro do meu casulo, estou em cada um de nós que se esforça por conseguir romper com o ódio.

é o meu eu que está em ti que te faz espelhar nos outros essa raiva.

é a raiva de saberes que nunca serás, enquanto me ostracizares, mais que eu.

é a maldade de teres a certeza que por mais que me mates por mais que me passes por cima nunca serás maior que eu.

é a tua falta de amor próprio que te faz querer que os outros estejam debaixo de ti.

mas, coitada... não te apercebes que a única forma de estares à frente de mim é deixares de lado os teus sentimentos pequenos, desumanos...

é tentares ver que a felicidade que queremos para nós implica não querer a infelicidade que eles os outros se dão uns aos outros.

é conseguir rejubilar-mo-nos com as conquistas de cada um de nós.

XPTO

[a escrever aqui]



dia-denãoseiquando-ano
«blablabla, blablabla.»
Um Qualquer