encruzilhadas que desembocam sempre no mesmo sítio

às vezes fazemos as coisas que queremos...
ou que achamos que queremos... ou que queremos mesmo mas não sabiamos ou que queriamos, que fossem de outra maneira.
A mesma coisa... mas de outra maneira...

Tantas maneiras... tantas formas tantos sentidos, sentimentos...
Encruzilhadas que desembocam sempre no mesmo sítio e para onde voltamos mesmo sem querer, propositadamente....
Colocamo-nos à prova.
Nós próprios contra nós mesmos. E a vitória, é certo, será de ninguem.
Testamos os nossos limites para nos conhecermos ou porque pura e simplesmente não sabiamos ser ali o nosso limite...
Tentamos a todo o custo ver onde estamos, situarmo-nos, substantivarmos sobre o assunto que a ninguem diz respeito e que resposta nenhuma tem.
Compreendemos, analisamos, retiramos conclusões tudo porque não conseguimos aceitar que no fundo nada faz sentido ou será para ter sentido.
As coisas são.
E é essa nossa falta de aceitação sobre as coisas que nos faz querer que tudo tem um sentido ou para um caminho caminha...
O nosso erro é a verbalização.

O meu erro...
A verbalização...
Não obrigatoriamente no sentido falado mas no pensado e, pior, no sentido...
Emoções exteriorizadas... é o meu erro...
Apenas porque essas emoções são retiradas não pelo nosso sentido no momento mas sim porque depois do momento substantivamos, verbalizamos, fraseamos o que sentimos mas eu tenho a certeza que isso não pode estar certo...
O que sentimos, aqui, bem dentro de nós e onde sozinhamos estamos é inexplicavel e inquantificavel.
Inquantificavel...Não o podemos medir, classificar ou estudar matematicamente mas o meu erro é, por vezes, acreditar que o consigo fazer. E quando acredito acho que sou capaz de domar-me.
Eu... lindo... como se eu fosse capaz de sequer me compreender!...
E aos outros... a ninguem... não compreendo nada.
Às vezes sinto como se estivesse ainda mais sozinha... como se de facto fossemos mesmo os seres unos que eu digo sermos mas que acredito, no fundo (no fundo mesmo naquele sítio que negamos) que ninguem está sozinho...

Como é que é possível pensarmos de duas formas?
Simples... vivendo... é vivendo que isso acontece...
Pensamos que sabemos tudo e compreendemos que não sabemos nada...
Vemos tudo mas nem sequer nos damos ao trabalho de olhar.
E eu... eu é que estou mal... errada? Não sei... não sei... não sei nada...
E isso é desesperante... irritante... tantas confusões de emoções e situações apenas no mesmo sítio... dentro de mim...

Lembro-me que dentro de mim já choveu, um dia...
E lembro-me que eu nunca mais fui diferente...
Nunca mais fui 'eu'... Até achar que o podia voltar a ser...
E dentro de mim choveu... outra vez.

27 – Janeiro – 2008

1 comentário:

SuRi disse...

Gostei mto do que escreveste...e sinto que é verdade...lutamos contra nós proprios... e tentamos sempre nos situar e perceber o k se passa à nossa volta qdo as vezes a ideia e msm nao entender...
Estou à espera de ser contemplada com essa chuva...que traga de novo o sol à minha vida... e k me faça começar de novo.... como dizias no post anterior...