um insulto à minha inteligência

Um sem numero de coisas já foram...
E mais estarão para vir...
Os meus pensamentos estão em constante crescimento tal como eu...
Penso que podia dar um rumo e penso que o posso mudar...
Tenho pena que insultem a minha inteligência e mais pena tenho por, ao dar conta disso, compreender que o melhor é mesmo ignorar que o fazem...
Porquê?
Porque será que não aceitam que existe de facto uma sensibilidade capaz de compreender e ver aquilo que não é dito?
Preciso expelir aquilo que penso sobre determinada situação e acabo por me refrear porque sei que dar-lhe corpo é dar-lhe força...
Força que não deveria ser dada, força que me é tirada sem eu querer...
Penso demais e vejo demais... às vezes só queria poder fechar os olhos e a mente... conseguir abstrair-me de que estou, de que sou...
Eu sei que estou a ser incoerente com a minha necessidade de conhecimento...
Eu sei...
Mas há tanta coisa que eu sei que, se tudo fosse simples, preferia não saber...
Às vezes sinto que estou a equilibrar-me numa corda fictícia que eu criei... que afinal o que sinto ser real não o é... e fico feliz!!...
Os pensamentos que vou tento sobre ti, sobreviver à passagem do tempo, sem ti...
É-me simples... é-me tão simples esquecer-te... mas tu insistes em lembrar-me... insistes em querer fazer parte da minha vida quando sabemos perfeitamente que o que foi já o era.
Agora é tempo de agarrar as lembranças que destruimos e continuar...
Outro dia, enquanto pesquisava um outro sem número de coisas, encontrei-me com o Friedrich Nietzsche e o seu 'amor fati'...
Lembrei-me de nós...
Adicionei mais esse conceito ao meu ser... e vejo-o, constantemente, sempre que me lembro de ti... e de quem passou...
É facto de que isto que temos é aquilo que há... e ser insatisfeito... pode não ser solução...
Acho que Nietzsche tinha razão... 'love your fate which is in fact your life'.
É o único que temos... eu... e tu...
Cada um continua o seu caminho (eu como sempre meio desviado!) e seremos felizes apesar da parte que temos em conjunto estar infeliz...
Mas é a única forma... é a única solução para que a nossa parte conjunta seja feliz...
Incoerente... é verdade... mas sei que compreendes...
É o nosso destino e por isso deve ser amado.
Não há nada que eu gostasse mais do que conseguir ter de ti aquilo que quero de todos... compreensão... Entendimento... mas, para acabar ainda mais com o algo bonito que construí à tua volta fazes como os outros e insultas a minha inteligência...
Pensei que fosses diferente...
Mas, como qualquer outro 'ser' achas que aquilo que não se vê é invisivel...
Não é...
Lamento desapontar-te...
Como tenho vindo a fazer...
E tudo o que eu queria era que aceitasses que existe de facto uma sensibilidade capaz de compreender e ver aquilo que não é dito, uma sensibilidade que tu tiveste oportunidade de sentir...

24 – Outubro – 2007

1 comentário:

SuRi disse...

"Tenho pena que insultem a minha inteligência"

Eu também! Tenho pena que insultem a minha inteligência e que o façam de forma tão pouco subtil que até a criatura menos inteligente à face da Terra entendesse esse insulto, essa insinuação...

"Porque será que não aceitam que existe de facto uma sensibilidade capaz de compreender e ver aquilo que não é dito?"

Porque há pessoas tão insensiveis (embora se considerem imensamente sensiveis) que não compreendem que às vezes um acto, uma imagem, vale mais que mil palavras...e que às vezes, uma palavra, fere mais que 1000 facadas.

"Pensei que fosses diferente..."

Eu tambem pensei isso..em relação ao que se passa comigo..mas descobri que a única pessoa diferente era eu... falta descobrir se isso é mau ou não...

Mais um post que me atinge com uma exactidão e perfeição que eu pensava não ser possível...